Nossa história, nossa Ação!

Quem somos nós?

O Grupo de Pesquisa-ação Pedagógica Coletivo Investigador é constituído de estudantes da Faculdade de Formação de Professores (UERJ) e professores de escolas públicas do norte fluminense. Tem por objetivo investigar, através de metodologias colaborativas, as epistemologias e modelos da formação de professores articulando escolas e universidade em projetos de investigação conjuntos.

Objetivo

Investigar, através de metodologias colaborativas, as epistemologias e modelos da formação de professores articulando escolas e universidade em projetos de investigação conjuntos.

Metodologia: A pesquisa-ação pedagógica

Como temos afirmado, a pesquisa-ação pode ser utilizada de diferentes maneiras, sob diversas intencionalidades, constituindo-se num vasto leque de abordagens teórico-metodológicas. No entanto, essa opção metodológica decerto investe no interesse de que a pesquisa e a ação devem caminhar juntas. Temos como objetivo as pesquisas, a partir de fontes que são historicamente construídas, como as relações de professores/as/es e estudantes com escolas e universidade, o que exige a reunião de condições epistemológicas capazes de auxiliar a formulação de um campo de investigação solidária, plural, criativa e aberta ao diálogo universitário e comunitário, mas principalmente capaz de transformar as condições dessas relações.

Estamos trabalhando com a Pesquisa-Ação Pedagógica de Franco, inspirados em Maria Amélia Franco Santoro, que nasce numa tradição teórica emancipatória inspirada em Paulo Freire, na Pedagogia do Oprimido. Foi através das ideias de Freire para os Círculos de Cultura que Franco elaborou os dispositivos para a Pesquisa-Ação Pedagógica, destacando três momentos:

a) A investigação temática, quando os componentes do Círculo buscam nas experiências dos participantes os temas para seus processos educativos;

b) A tematização, quando o grupo decodifica estes temas; e

c) A problematização ou o meio pelo qual as experiências são perspectivadas através da visão crítica em diálogo com outras referências.

Nosso percurso metodológico é construído sobre estas bases: partimos de nossos lugares de trabalho e luta docente, saberes, histórias na direção da práxis, experienciando, num processo contínuo de autoconscientização, reflexões sobre nossas circunstâncias e perspectivas, por vezes resistindo, outras avançando coletivamente em distintas escalas e espaços.

Para nós, as pesquisas colaborativas em educação têm uma perspectiva eminentemente pedagógica, pois estuda as práticas educacionais por meio da participação de quem as vivencia, agindo também no campo da formação dessas pessoas para que se transformem. A pesquisa-ação voltada para a formação continuada de docentes foi denominada de Pesquisa-Ação Pedagógica, pois tem a formação como objetivo principal.

A dinâmica da investigação por outra perspectiva epistemológica para a formação docente como propomos através da instauração de “um outro lugar” foi formulada por nós a partir das ideias de António Nóvoa e Catherine Walsh e vincula o ensino à pesquisa e a pesquisa à extensão, objetivando destacar a dimensão profissional da prática docente. Neste “outro lugar”, a pesquisa configura-se como espaço de formação articulado ao ensino e à extensão universitária, como “braços” da universidade, que, através do diálogo e de compromissos pactuados, ampliam a ação universitária para estar também em algumas escolas do município. Por outro lado, buscamos trazer para dentro da universidade o que aprendemos com Boaventura de Sousa Santos quando propõe “extensão às avessas”, o que corresponde a construir condições para outros saberes e atores atuem no interior da universidade, convidando docentes das escolas a refletirem com estudantes universitários em espaços de formação continuada (Moreira, 2018).


Nossa história

A experiência nasceu em 2016, na Faculdade de Formação de Professores da UERJ São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro (Brasil), onde um grupo de docentes de 18 escolas e estudantes de distintas licenciaturas na UERJ, autointitulado Coletivo Investigador[1], reuniu-se com o objetivo de pesquisar as epistemologias para formação docente.

Destaca-se a dimensão coletiva da prática docente como sendo uma ação que se realiza inclusive através da colaboração. Afirma-se que a complexidade do trabalho pedagógico exige que possamos desenvolver equipes pedagógicas com competência coletiva para o enfrentamento dos desafios comuns.

Reunimo-nos, inicialmente, num curso de extensão, no entanto, como, metodologicamente, não acreditávamos que a universidade deveria coordenar o trabalho, assumimos em seguida o formato de um grupo de pesquisa e de algumas parcerias no campo dos estágios. Queríamos a democratização de nossas condições de trabalho, estejamos nós com títulos, responsabilidades e funções distintas. Atualmente, temos como desafio a conquista de outros espaços institucionais tanto no interior da universidade como das escolas.

A dimensão coletiva de professores/as/es em luta e formação nos possibilita atuar e nos formar enquanto profissionais a partir da relação ontológica (quem somos) e epistemológica (o que investigamos), pois ao compreender quem somos, temos a chance de instituir novas práticas (novas condições epistêmicas), e estas nos permitem transformar as condições ontológicas de que dispomos a fim de que possamos ser de outras formas.

Aventuramo-nos na direção de construirmos outras dimensões para formação docente, estabelecendo conexões democráticas entre escolas e universidade, teorias e práticas, sujeitos e funções. No entanto, manter este processo vivo é mais que um desafio acadêmico, é político. Se a escola precisa da articulação com a universidade para compreender-se como campo de pesquisa, como campo de aventura do conhecimento para a educação, para enfrentar os ataques que sofre e se legitimar, a universidade precisa assumir que não é capaz de promover uma formação socialmente referenciada em sem o trabalho em conjunto com escolas.

[1] O Coletivo Investigador, em 2016, era formado por um grupo de professores e estudantes, atuantes nas cidades de São Gonçalo, Itaboraí, Niterói, Maricá e Rio de Janeiro. Na ocasião, éramos de 67% de professores, 22% de estudantes e 11% de estudantes e professores. O grupo sempre foi bastante diverso em relação às experiências docentes: 8,9% têm de 1 a 5 anos; 13,3%, de 5 a 10 anos; 8,9%, de 10 a 15 anos; 8,9%, entre 15 e 20; 6, 7%, entre 20 e 25; 24%, entre 25 e 30 anos de docência; 8,9% têm mais de 30 anos; 20% atuam em cargos da gestão municipal. Dentre os que estavam nas escolas, 74% atuavam no Ensino Fundamental, 20% na Educação Infantil, 5,7 no Ensino Superior. Em relação à formação, 2% possuíam doutorado; 8,9%, mestrado; 49%, cursos de pós-graduação; 29% são graduados e 11% têm graduações não concluídas. Atualmente, somos 11 professores e 6 estudantes da UERJ, distribuídos em 7 escolas.

Integrantes

Coordenação:

Sueli de Lima Moreira - http://lattes.cnpq.br/5487458746068806


Pesquisadores:

Aldaléa Figueiredo dos Santos - http://lattes.cnpq.br/8107032032999135

Ana Claudia Carvalho Teixeira - http://lattes.cnpq.br/3623614965390197

Beatriz Gonçalves Azevedo - http://lattes.cnpq.br/6126510747199930

Carla Marcelle Silva Gonçalves - http://lattes.cnpq.br/4273336138612689

Claudia Fernanda Assis Saldanha - http://lattes.cnpq.br/2717232945822639

Evelin Mariana Claro Barbosa - http://lattes.cnpq.br/5001306767686094

Graciane de Souza Rocha Volotão - http://lattes.cnpq.br/1199012118731288

Júlio César de Almeida Vidal – Não possui Lattes

Jussara Soares dos Reis - http://lattes.cnpq.br/3420185187886676

Larissa Lopes de Oliveira - http://lattes.cnpq.br/9382966408917965

Lorena Rodrigues Areas - http://lattes.cnpq.br/6193643643220056

Lúcia Angélica Monteiro Lobo - http://lattes.cnpq.br/4921470247513038

Maria Vitória Ferreira Gonçalves Lopes - Não possui Lattes

Marluci de Oliveira Consuli Moraes - http://lattes.cnpq.br/9044329825680431

Michele Barreto Nunes - http://lattes.cnpq.br/5549791620090760

Monique Suelem Vaz dos Santos - http://lattes.cnpq.br/8358978381939342

Patrícia Pereira Do Prado - http://lattes.cnpq.br/1951422123539557

Rafael do Patrocínio Dias - http://lattes.cnpq.br/7162145805079818

Rejane Baptista do Nascimento - http://lattes.cnpq.br/3141697967911745

Regina Marinho Falcão – Não possui lattes

Ruth Bandeira Ramiro - http://lattes.cnpq.br/7867401294943251


Grupo de Pesquisa-Ação Pedagógica Coletivo Investigador

FFP/UERJ

R. Francisco Portela, 1470 - Patronato, São Gonçalo - RJ, 24435-005

Telefone: (21) 3705-2227

coletivoinvestigador@gmail.com

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